O termo secular é usado como adjetivo qualificativo para designar todos aqueles fenômenos ou elementos de uma sociedade em que a religião não está mais presente, seja porque foi eliminada dessa esfera ou porque nunca foi. O processo de secularização de diferentes áreas da vida social começa especialmente após a Revolução Francesa de 1789, época em que a religião católica perde seu poder na esfera política e social.
A noção de secularização ou laicidade está sempre ligada a um processo de modernização pelo qual passa uma sociedade, pois envolve uma transformação das estruturas religiosas (ou seja, de um determinado nível abstrato ou mágico) em estruturas científicas e racionais, a partir da experiência, na coisa real. A secularização como processo pode ser encontrada em diferentes áreas da sociedade: por exemplo, quando a forma de governo não é mais determinada ou pautada pela religião, como também pode acontecer com a educação ou mesmo com questões mais cotidianas como vestir-se ou atuar. certas situações.
A ideia de secular sempre confere, além disso, preeminência não a uma divindade intangível, mas ao indivíduo, à pessoa como elemento determinante e determinante dos vários fenômenos sociais e históricos. Esse processo tornou-se especialmente claro quando os estados-nação ocidentais deixaram de ser liderados pela religião ou pela igreja. Desde o final do século XVIII e até o presente, os países ocidentais ou ocidentalizados desenvolveram sistemas sociais seculares nos quais, por exemplo, a educação não depende mais da Igreja, mas do próprio Estado. A cultura não é centralmente religiosa, senão secular e pública para todos, independentemente das crenças religiosas que cada indivíduo possa ter. Elementos administrativos ou civis também passam para o poder do Estado, especialmente no que diz respeito a casamentos, divórcios, nascimentos, óbitos, etc.