O nome de vanguarda é conhecido como o conjunto de manifestações artísticas que se desenvolveram nas primeiras décadas do século XX e que se caracterizam pela ênfase na inovação e no confronto com as normas estéticas canonizadas.. Para compreender o fenômeno, basta analisar o termo que lhe dá nome; a vanguarda é a linha que entra em contato com o inimigo pela primeira vez, ou seja, é a mais avançada. Assim, um dos principais objetivos da vanguarda era criar uma escola, dar início a uma nova tendência, separando-se do passado.
O contexto social em que as vanguardas se desenvolveram era extremamente agitado. As consequências da revolução industrial ainda eram recentes quando a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa aconteceram, desenhando um novo mapa político. Como agravante dessa situação convulsiva, o sistema econômico sofreu sua crise mais grave da história. É por esse motivo, pelas importantes mudanças que vêm sofrendo e pelo sentimento de que poderiam ter uma contribuição positiva, que as vanguardas pretendem ter interferência social por meio de sua arte. Assim, uma obra não se destinava mais apenas à contemplação, mas a refletir essas mudanças.
Alguns exemplos desses movimentos são: Dadaísmo, que enfatiza o irracional, rebelde e destrutivo; o surrealismo, que se baseia nos postulados de Freud sobre o inconsciente, procurando refleti-lo na obra; futurismo, que foi inspirado por avanços técnicos; ultraismo, que privilegiava o verso livre e a elaboração de metáforas; o cubismo, que representava a realidade por meio de formas geométricas; expressionismo, que enfatiza experiências internas; e fauvismo, que pretendia expressar sentimentos por meio de cores.
Em geral, as vanguardas falharam em prosperar, principalmente porque carece de sustentação própria e se baseia apenas na rejeição de outras tendências. No entanto, é necessário reconhecer que tiveram uma influência importante nas criações artísticas do século 20 e na atual.