No campo educacional existe um amplo leque de estágios, ciclos e programas, podendo-se destacar a creche, a educação infantil, a escolaridade obrigatória, o ensino médio, a universidade ou a formação profissional. Este último é conhecido por uma denominação, escola técnica. O objetivo desta opção acadêmica é preparar os alunos para o acesso ao trabalho.
Como orientação geral, essas escolas possuem programas de treinamento nos quais há uma combinação de conhecimentos teóricos e práticos.
A formação para o trabalho não para de evoluir
Nas oficinas da Revolução Industrial havia a figura do professor e do aprendiz. Não havia formação acadêmica formal, porque naquela época não havia ensino obrigatório. Os aprendizes começaram no comércio por anos e eventualmente se tornaram oficiais e mestres.
A formação técnica deu um salto qualitativo quando a escolaridade se tornou um fenômeno generalizado. Os primeiros centros educacionais voltados para o mundo do trabalho foram as escolas de artes e ofícios. Depois de aprovado o ensino fundamental, o aluno ingressou nesses centros e, após um período de aproximadamente cinco anos, obteve o certificado de aptidão para o trabalho. Esse modelo foi evoluindo e no século 20 o conceito de escola técnica foi cunhado.
O objetivo era e é a formação de técnicos para os diversos setores industriais. Como diretriz básica, parte dos treinamentos é adquirida nas empresas e o restante em sala de aula. Nesta formação, a ênfase é colocada no conhecimento técnico-científico e, como pano de fundo, estão incluídas as disciplinas humanísticas.
No século XX, as habilitações mais comuns eram as seguintes: técnico em mecânica, eletricidade, construção civil ou naval ou química. Atualmente, a formação profissional é altamente especializada, pois é necessário um processo de adaptação à revolução tecnológica e às mudanças no mundo do trabalho.
Educação e trabalho
A abordagem geral das escolas técnicas consiste em encontrar um equilíbrio entre dois aspectos: a formação do indivíduo e sua adaptação ao mundo do trabalho. A oferta educativa de um centro de formação profissional não pode ignorar a realidade do mundo do trabalho.
O referido binômio apresenta todos os tipos de desafios. Em primeiro lugar, não é fácil prever quais serão as necessidades do mercado de trabalho nos próximos 10-15 anos. Por outro lado, a formação acadêmica de natureza técnica deve incorporar programas humanísticos que proporcionem valores e princípios e não apenas competências tecnológicas.
Em resumo, os programas de treinamento das escolas técnicas devem equilibrar três aspectos:
1) os interesses do Estado em relação à formação dos cidadãos,
2) interesses comerciais e
3) os interesses dos cidadãos.
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