A repetição é um fenômeno que atinge o campo educacional. Ocorre quando um aluno não passa com sucesso no ano letivo e, como resultado, é forçado a repetir o ano novamente. Embora a palavra repetição não seja reconhecida pelo DRAE, é uma palavra de uso comum, principalmente usada na América Latina. Deve-se notar que este nome não é usado na Espanha e é referido de outras maneiras (repetição de ano é o nome mais comum).
Por que a repetição ocorre?
Não há uma única razão que explique este fenômeno, então uma série de causas que o produzem podem ser fornecidas:
- Existem alunos com dificuldades de aprendizagem e não conseguem atingir os objetivos acadêmicos.
- Às vezes, a causa não está relacionada às habilidades do aluno, mas às suas circunstâncias pessoais. Deve-se levar em consideração que certos problemas familiares ou certos ambientes sociais podem ter um impacto negativo nos resultados escolares.
- Crianças e adolescentes são especialmente sensíveis e nem sempre se adaptam aos programas acadêmicos. Eles podem ter algum tipo de desajuste emocional, vivenciar bullying ou outros problemas e tudo isso acaba afetando seu desempenho.
Avaliações por repetição
Do ponto de vista social, a repetição representa uma falha do sistema educacional. Em alguns países, as taxas de repetência são altas e vêm acompanhadas de uma série de implicações (salas de aula com grande número de repetentes, grupos de alunos de diferentes idades compartilhando a mesma sala de aula ou a necessidade de incorporação de programas educacionais específicos para esses alunos).
Se pensarmos no aluno repetidor, devemos levar em conta como essa situação pode afetá-lo: pode ser um estímulo para corrigir seu desinteresse pelos estudos ou, por outro lado, pode afetá-lo psicologicamente e se considerar um fracasso. . Em outras palavras, a repetição às vezes é uma boa solução para corrigir algumas lacunas na aquisição de conhecimento, mas também pode ser problemática.
Do ponto de vista pedagógico, não há consenso geral sobre a conveniência da repetição. Segundo algumas abordagens, é um mal necessário, ou seja, é uma fórmula que permite ao aluno uma segunda chance acadêmica. Ao contrário, outros especialistas em educação entendem que a repetência não é desejável e deve ser evitada a todo custo, por isso é necessário incorporar mecanismos alternativos (com professores de apoio ou programas de adaptação específicos para alunos que não alcancem os objetivos desejáveis).
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