Insensibilidade é entendida como a habilidade que uma pessoa ou animal pode ter de não sentir certas sensações físicas ou emocionais. A dormência também pode ser entendida como a falta de capacidade de sentir. O conceito de insensibilidade tem dois espaços possíveis de uso: primeiro, há o espaço ou o ambiente físico e orgânico que supõe que uma pessoa pode realizar certas ações ou receber certos ferimentos sem sentir dor como outras pessoas (como visto na foto, andar sobre vidro). O segundo espaço ou âmbito de uso deste termo é o do mundo emocional. Assim, uma pessoa emocionalmente insensível é aquela que não está sensibilizada ou que não sente nada em determinadas circunstâncias como o sofrimento do outro, o perigo, o medo.
Pode-se dizer que o segundo tipo de insensibilidade é muito mais comum hoje: a falta ou a incapacidade de ser sensível a diferentes sensações emocionais que podem mover, trair, preocupar, assustar, ter fé em algo ou até mesmo fazer uma pessoa feliz. Pessoas que sofrem de entorpecimento emocional são aquelas que agem de maneira excessivamente racional e que não permitem que a estrutura de sensações se insinue em suas atividades diárias.
A insensibilidade social também é um fenômeno muito comum hoje e tem a ver com o desprezo ou indiferença sofrido por algumas pessoas em situação de privação de pessoas que não estão na mesma condição e, portanto, não são sensibilizadas por seu sofrimento, dor ou angústia. Fenômenos como pobreza, miséria, vícios, descrença no futuro e tantos outros são situações complexas que implicam sempre um certo grau de insensibilidade social, caso contrário não existiriam se a população como um todo os erradicasse.