economia

definição de divisão de trabalho

Na aquisição de qualquer produto para o nosso consumo está associada uma ideia: a intervenção direta e indireta de muitos trabalhadores. Assim, se compramos uma bola de futebol, sabemos que por trás dela existe uma série de atividades produtivas ligadas a ela. As peças que compõem os processos e atividades podem ser expressas com uma ideia: a divisão do trabalho.

Nas comunidades humanas primitivas, já havia uma noção rudimentar da divisão do trabalho

Os homens se dedicavam à caça e à pesca, além de confeccionar ferramentas e defender sua comunidade contra os agressores. Paralelamente, as mulheres realizavam outras tarefas: criar os filhos, colher frutas e fazer utensílios para o dia a dia.

A divisão do trabalho no sistema capitalista

Teóricos do sistema capitalista, por exemplo Adam Smith no século XVIII, argumentaram que a chave para o desenvolvimento da riqueza em uma nação está na divisão do trabalho. Essa divisão supõe a especialização dos trabalhadores em tarefas muito específicas. Com esse modelo produtivo típico do capitalismo, a atividade artesanal em que um produtor se encarregava de múltiplas tarefas é abandonada.

A divisão do trabalho na filosofia marxista

Karl Marx argumentou que a divisão de qualquer atividade de trabalho leva inevitavelmente a uma distribuição desigual da riqueza. Assim, enquanto uns são donos dos meios de produção (os capitalistas), outros se tornam sujeitos e indivíduos alinhados (os trabalhadores).

Por outro lado, como consequência da divisão do trabalho, acabam criando classes sociais diferenciadas. Essa circunstância é a base do que Marx chamou de luta de classes, ou seja, o confronto histórico entre opressores e oprimidos.

Para Marx, esta situação é injusta e deve ser superada por um sistema comunista no qual não há propriedade privada e os meios de produção pertencem à comunidade.

A divisão do trabalho em Emile Durkheim

Este sociólogo francês do século XIX propôs a divisão do trabalho a partir da relação cooperativa entre o indivíduo e a comunidade em que vive. Essa relação tem dois planos:

1) solidariedade nas sociedades primitivas com base no apoio mútuo entre indivíduos que formam uma comunidade e

2) solidariedade em sociedades complexas, em que cada indivíduo desempenha uma função específica no quadro geral de uma grande rede social.

Fotos: Fotolia. pavel_shishkin / vivali

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