Um diorama é um tipo de modelo em que algum tipo de situação é encenada. Em outras palavras, é um espaço cênico normalmente pequeno que serve para representar realidades muito diversas em três dimensões, como presépios, eventos históricos, habitats naturais, espaços urbanos, etc.
Esses modelos são comumente usados em escolas, mas também em museus, salas de exposição ou entre colecionadores que desejam mostrar seu amor por um assunto específico.
Quanto à palavra diorama, ela vem do grego e significa literalmente através da visão.
O aparecimento dos primeiros dioramas
No início do século XIX não existia fotografia nem cinema. Nesse contexto, o teatro foi o espetáculo mais popular e socialmente reconhecido. A invenção do primeiro diorama é atribuída ao francês Louis Daguerre, que idealizou um espetáculo visual no qual os espectadores observavam cenas de animação que mudavam de aparência com modificações no palco e jogos de luzes. O diorama é uma variante da cenografia teatral e é considerado um precursor da cinematografia.
O propósito dos dioramas
O propósito dessas construções tridimensionais é duplo: facilitar o ensino de uma matéria no meio acadêmico e, paralelamente, comunicar uma ideia por meio de um formato lúdico. Este tipo de modelo é considerado uma ferramenta de ensino muito útil para crianças nos primeiros anos de escola.
No processo de aprendizagem dos mais pequenos, as explicações teóricas podem ser enfadonhas e pouco dinâmicas. Por isso, os dioramas passam a ser uma estratégia que alia o rigor da informação ao entretenimento.
Quem observa um diorama está visualizando uma cena que representa uma realidade e neste processo de aprendizagem as palavras não têm importância. Pode-se dizer que esses modelos são pedagogicamente úteis, desde que acompanhados de uma explicação de seu conteúdo.
Para fabricar qualquer dioroma, é necessário realizar uma investigação prévia sobre quais são os elementos que devem integrá-lo e quais as ideias com eles se comunicam. Como é lógico, os próprios alunos podem ser os protagonistas de sua fabricação.
Algumas de suas variantes
Em geral, a escala dos dioramas é reduzida, pois desta forma a interação entre o observador e a cena representada é facilitada. No entanto, às vezes eles estão próximos da realidade em tamanho.
As modalidades são muito amplas: em vitrines para que o público não manipule o conteúdo, em caixas com dimensões variáveis, dioramas de livros que quando abertos encenam uma história, em forma de cartão, etc.
No mundo da coleção
Uma área específica que pode ser observada está no campo das figuras colecionáveis, principalmente baseadas em filmes ou quadrinhos, por meio das quais cenas são representadas, dando um valor extra aos personagens, dada a pose, situação e base que os acompanham.
Empresas como Kotobukiya, Iron Studios ou Sideshow são algumas das principais referências nesta arte, desde criações em tamanhos que variam entre 1/4 e 1/10 (esta última característica nas linhas da Iron Studios). Já existem tamanhos maiores, até 1/1, o que representa uma visão real da personalidade e da cena, mas como nestes casos participam muitos elementos, a dimensão mais frequentemente apreciada é 1/6.
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