A Gran Colômbia é um país que não existe mais, pois se trata da fusão temporária da Colômbia (então chamada Nueva Granada) com outras nações vizinhas. Especificamente, a Gran Colombia foi a união de Nova Granada, Panamá, Venezuela e Equador. A Grande Colômbia foi formada em 1821 após o Congresso de Cúcuta, morrendo em 1831, poucos meses após a morte de Simón Bolívar, o ideólogo da Grande Colômbia.
Desentendimentos internos dentro da nova nação
O promotor da nova nação foi o libertador Simón Bolívar, que buscou criar uma nação grande e poderosa o suficiente para competir com as potências europeias. A Gran Colômbia foi o resultado de uma estratégia política das nações constituintes de unir forças. No entanto, desde sua constituição, a Grande Colômbia experimentou uma tensão política permanente entre dois grupos: os federalistas e os centralistas. A opção que prevaleceu inicialmente foi a centralista, liderada por Simón Bolívar. O centralismo criou discrepâncias internas, pois a Venezuela perdeu sua influência militar em seu território e o Panamá discordou por razões econômicas.
Os historiadores sustentam que a Grande Colômbia como nação também falhou devido aos poucos canais de comunicação no vasto território e, principalmente, pela falta de vontade política dos diferentes setores sociais para consolidar uma integração plena dos diferentes territórios.
Em 1826 ocorreu um processo separatista promovido pelo venezuelano José Antonio Páez, popularmente conhecido como La Cosiata. Nesse contexto, havia duas posições opostas: a chefiada por Bolívar, que defendia o poder central, e a chefiada pelo vice-presidente da Grande Colômbia, Francisco de Paula Santander, que propunha o federalismo. As duas visões opostas estão na origem da clássica divisão latino-americana entre liberais e conservadores, uma vez que o santanderismo representava o liberalismo e o bolivarianismo tinha um espírito mais conservador. Este confronto ideológico levou à ditadura de Bolívar a partir de 1828 e as conseqüentes tensões internas promovidas pelos adversários de Bolívar.
O fim da Gran Colombia
O sonho bolivariano de constituir uma grande nação desapareceu quando a Venezuela promoveu uma nova Constituição e o rompimento definitivo com a Grande Colômbia. A decisão venezuelana foi o estopim para a separação do Equador e um novo quadro de relações entre a Colômbia e o Panamá. A inesperada morte de Simón Bolívar em 1830 também foi outro fator que agravou o desmembramento da nova nação.
A dissolução da Gran Colômbia resultou em uma nova denominação para o atual território colombiano, já que de 1831 a 1858 recebeu o nome de República de Nova Granada, então foi chamada de Confederação Granadina até 1853, posteriormente foi chamada de Estados Unidos da Colômbia e finalmente a República da Colômbia em 1886.