O material tipicamente usado no Egito Antigo para fazer qualquer tipo de inscrição é conhecido pelo nome de papiro. Semelhante ao papel, o papiro era um suporte fino e delicado obtido com o processamento da planta do papiro, aquela que era especialmente abundante nas margens do rio Nilo. O papiro é muito característico das inscrições hieroglíficas e normalmente está associado a esta civilização já que seu uso era muito particular e quase único, enquanto em outras partes do mundo outros materiais eram usados.
Considera-se que o papiro era uma das formas imediatamente anteriores ao papel, pois sua fabricação partia do processamento de uma planta vegetal, ao contrário do pergaminho obtido após o bom trabalho da pele de diferentes animais. O papiro era, portanto, muito mais barato, pois os recursos para sua fabricação, assim como seu processo de fabricação, envolviam muito menos trabalho e investimento.
Para fazer isso, diferentes placas de papiro que haviam sido cortadas em folhas finas foram interpostas e sobrepostas e, assim, secas ao sol para se tornarem um suporte confortável e fácil de usar. O papiro tinha uma cor amarelada a quase acastanhada e por isso o uso de tinturas e cores teve que levar em conta a transformação de sua cor a partir da cor do suporte.
Normalmente, o papiro era usado para fazer qualquer tipo de inscrição manuscrita, embora normalmente essas fossem feitas para fins administrativos, políticos e religiosos (escrever um privilégio que apenas alguns indivíduos da sociedade podiam acessar). O papiro, por ser um material muito delicado e fácil de quebrar, teve que ser armazenado e mantido em condições adequadas para garantir sua sobrevivência ao longo dos anos. Em geral, eram mantidos enrolados em cilindros que os protegiam da umidade e da temperatura.