O uso mais comum que atribuímos à palavra herege é designar aquele que propõe ou mantém opiniões que contrastam com a ortodoxia ou com todas aquelas ideias que são consideradas absolutas e indiscutíveis em um determinado contexto social ou no que uma religião propõe.
No caso específico da religião, um indivíduo que apesar de pertencer a determinada religião de forma prática, a questiona em algum aspecto, será chamado de herege, seja por expressar uma crítica ou por questionar algum preceito que ela propõe.
Quando uma pessoa faz parte de um grupo social ou professa determinada crença religiosa, ela será obrigada, como condição básica dessa adesão, a se comprometer a respeitar todas as idéias, dogmas ou crenças que possui. Enquanto isso, quando isso não acontecer, ou seja, a pessoa se opõe a alguns postulados, então, ela será apontada como herege para aquela situação.
Atualmente é uma prática que felizmente foi amplamente banida, porém, no passado, tornou-se muito comum que aqueles que professavam uma ideia religiosa, social ou política diferente fossem cruelmente perseguidos. Além disso, as perseguições realizadas costumam ser violentas, podendo inclusive culminar com o assassinato de quem ou quem se manifestou contrário à ordem proposta. Nos casos mais brandos, a pessoa era excomungada, mas nos mais virulentos ela era torturada até a morte, em muitos casos.
Na religião cristã, para citar um exemplo, certamente era comum que aqueles que ousassem falar contra os dogmas defendidos pela Igreja Católica fossem perseguidos e mortos.
Um dos casos mais notórios na história da Igreja Católica que são considerados heresia foi o do Protestantismo, quando grupos cristãos no século 16 se separaram da Igreja Católica após criticar abertamente muitos de seus dogmas.
Também damos a esta palavra um uso bastante coloquial nos casos em que queremos expressar que uma pessoa se comporta de forma absolutamente insolente e ousada. Esta criança é um herege, ele não pode insultar seus pais assim.