O uso mais comum da palavra Apogee é feito para se referir ao momento de máximo esplendor no desenvolvimento de um determinado processo. Com base nessa definição, o Apogee pode ser usado em inúmeras situações.
Pode-se falar de Apogeu de um império para designar aquele período de tempo em que esse império teve maior poder e estendeu sua influência sobre um maior número de territórios. O ápice da carreira musical de um artista será aquele momento em que sua popularidade e vendas atingirem um patamar superior, podendo-se ainda citar que um jogador de futebol atinge seu auge quando atinge seus melhores recordes ao longo do tempo.
Além desse uso mais difundido, o ponto em uma órbita elíptica em que um objeto está mais distante do centro da Terra também é chamado de apogeu.
Pico e declínio de diferentes civilizações
Ao longo da história, muitas civilizações estenderam sua cultura e influência para além de seu território. Nesse processo, uma série de diretrizes comuns foram seguidas, começando pelo desejo de expansão, a conquista de novos territórios, a imposição de sua cultura e, posteriormente, inexoravelmente, sua queda.
Os árabes, os romanos ou os espanhóis foram povos que, em determinado momento, seguiram esse processo, atingindo seu auge depois de conquistar um grande número de territórios e neles implantando seus costumes.
Mas, como a história nos mostra, o apogeu de uma civilização não é muito longo. Em geral, é a própria grandeza de suas conquistas que acaba causando sua queda. E é que o conceito de apogeu implica um ponto em que se inicia um processo de descida, processo que, em geral, uma vez iniciado, não tem volta.
Essa é uma constante que ocorre em todos os casos de civilizações dominantes ao longo da história, e que tem a particularidade de que quem a vive não tem consciência dela. O apogeu acarreta um declínio que, em geral, é imperceptível para quem o protagoniza e do qual só se dá conta quando aquela civilização é ultrapassada por outra que segue exatamente o mesmo processo.
É especialmente curioso que os contemporâneos no auge de uma civilização não só não estão cientes de seu declínio, mas também tendem a pensar que o atual status quo permanecerá indefinidamente.
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