O termo de Justiça apresenta um uso recorrente na língua espanhola e dependendo dos contextos em que é utilizado, as suas referências variam, embora, em termos gerais, a justiça seja. aquele conjunto de regras e normas que estipulam um cenário satisfatório quanto às relações entre os indivíduos entre si e entre eles e as instituições. O referido marco regulatório aceitará, ou, na sua falta, proibirá ações nas interações mencionadas. A obrigação de manter a paz entre os membros da sociedade é o que marca a origem da justiça.
Vale destacar que a justiça é um valor que sempre será determinado pela sociedade e está intimamente ligado aos tempos e à civilização, ou seja, hoje não existe a mesma concepção de justiça de dez séculos atrás.
A figura da deusa Themis armada com uma espada em uma das mãos, uma balança na outra e com os olhos vendados é o símbolo universal da ideia de justiça. Esta estátua representa a personificação do conceito que estamos analisando. O equilíbrio expressa a ideia de equilíbrio e ordem, a espada comunica o poder de quem exerce a justiça e a venda nos lembra a ideia de imparcialidade perante a verdade.
A ideia de equilíbrio e justiça
Desde os tempos antigos, os seres humanos consideram que existe uma ordem cósmica ou lei universal que governa todos os eventos e as vidas dos seres humanos.
Quando essa ordem é quebrada, dizemos que algo injusto aconteceu. Vamos imaginar que alguém trabalhe e em troca não receba salário. É uma situação desequilibrada e, portanto, uma ação contrária à ideia de justiça.
Em matéria de religião católica, a justiça está junto com prudência, temperança e fortaleza, uma das virtudes cardeaisEnquanto isso, a prática dela, ou seja, aquele indivíduo que age e se comporta com justiça cuidará, quando necessário, de dar a cada um o que lhe corresponde e lhe pertence, procedendo sempre da equidade e do respeito pelo bem de todos. Jamais privilegiará sua situação pessoal sobre a dos demais, muito pelo contrário, pois mostra uma inclinação especial para proceder de acordo com a lei.
Justiça como instituição
Todos nós temos uma ideia do que é justo ou não. Se considerarmos que uma ação é injusta, ficamos indignados. Tribunais de justiça, leis e procedimentos legais foram criados para combater qualquer forma de injustiça na sociedade. No entanto, a ideia de justiça e a ação da justiça como instituição nem sempre coincidem.
Designa, por um lado, a pena e a sua aplicação, que são decididas por um tribunal ou juiz, e, por outro, a resolução da inocência de alguém, também concedida por um juiz ou tribunal de justiça. "A família do policial assassinado pediu ao tribunal que fizesse justiça. A justiça foi feita e meu irmão foi libertado da culpa e da carga".
Da mesma forma, no mesmo campo do direito, é sinônimo de poder judicial ("Justiça argentina determinou culpa de Massera em crimes contra a humanidade") e também permite que você designe o pessoa ou tribunal encarregado de fazer cumprir a ordem.
Abordagens diferentes
Para alguns sofistas, a justiça nada mais é do que a conveniência do mais forte. Em vez disso, Platão defende uma tese contrária: para que uma comunidade tenha justiça, é necessário que na alma humana haja um ideal de justiça.
Para Aristóteles, a justiça é o compêndio de todas as virtudes morais. Do ponto de vista cristão, a justiça consiste em dar a Deus e aos homens o que lhes corresponde (para Santo Tomas, a força, a prudência, a temperança e a justiça são as virtudes morais fundamentais).
De acordo com a visão de John Rawls, os seres humanos chegaram a uma espécie de acordo geral sobre o que é justiça. Para construir um ideal inicial de justiça temos que partir de uma postura de total imparcialidade e sem qualquer tipo de preconceito. A partir dessa premissa, a justiça se estabelece com a combinação de dois elementos: liberdade individual e igualdade (este último aspecto, por sua vez, se divide em dois: a igualdade de oportunidades e o combate à desigualdade).
Sobre a ideia que analisamos, inúmeras reflexões foram feitas. Afirma-se que não há paz sem justiça, que a indiferença à justiça nos torna cúmplices, que ser a favor da justiça é ser a favor da verdade, ou que a aparência de justiça é uma forma de tirania.