A história em quadrinhos é uma das seções clássicas da maioria dos jornais. Consiste em um número reduzido de vinhetas em que um conto é contado em tom humorístico.
Nas duas ou três vinhetas de uma história em quadrinhos, um cartunista (ou um cartunista e um roteirista juntos) contam algo sobre um aspecto da realidade cotidiana. Não há tema majoritário; Pode ser uma tira com abordagem política, de denúncia social ou uma sátira a um personagem atual. Por outro lado, deve-se levar em consideração que esse formato também pode ser voltado para o público infantil e constar em revistas e livros.
Essa tradição jornalística começou no século 19 no contexto da imprensa mundial anglo-saxônica (as tiras são conhecidas como histórias em quadrinhos). É preciso ter em mente que a imprensa escrita surgiu historicamente como um verdadeiro instrumento de liberdade de expressão.
A história em quadrinhos pode ser entendida como um subgênero da literatura e vale ressaltar que está relacionada a outros gêneros ou atividades criativas: quadrinhos, graffiti, romances cegos medievais, sátira ou piada popular.
Algumas funcionalidades
Como orientação geral, a história em quadrinhos se concentra em um personagem singular (um super-herói, um animal humanizado ou uma criança). Esses quadrinhos têm tradicionalmente recorrido ao preto e branco e o uso da cor é uma minoria. Sua principal característica é a combinação de dois elementos: o desenho e a palavra, sendo o diálogo a forma mais utilizada na maioria das tiras. O propósito da história em quadrinhos é óbvio: provocar um sorriso no leitor. No entanto, esse sorriso tem abordagens diferentes: incitar a reflexão sobre um problema, defender ou censurar uma posição ou chamar a atenção para um assunto de interesse geral. Em qualquer uma de suas variantes, o humor é sempre o cerne da história em quadrinhos.
O sucesso das histórias em quadrinhos
Se as histórias em quadrinhos do século 19 se tornaram populares em todo o mundo, nos perguntamos quais são as razões que explicam esse fenômeno global. Provavelmente o formato que apresentam tem muito a ver com isso (o desenho reforça a palavra criando uma mensagem que desperta a simpatia do leitor). Por outro lado, existe uma comunicação direta e de fácil compreensão, pelo que não é necessária uma leitura calma e lenta. A história em quadrinhos cria uma espécie de cumplicidade entre o autor e o leitor, o primeiro busca surpreender e o segundo se surpreender.
Por fim, devemos insistir na essência da história em quadrinhos: o humor como forma de comunicação. O humor é mais do que um recurso de entretenimento e prova disso é a sua presença em todas as manifestações artísticas (teatro, cinema, pintura ou circo). Desse modo, se há centenas de notícias sérias e preocupantes em um jornal, a história em quadrinhos é o único elemento que altera a dinâmica da seriedade e dá um toque cômico que contrasta com as tragédias dos acontecimentos, crises políticas ou dramas humanos. a imprensa diária.
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