A ideia de latência refere-se em todos os seus aspectos ao período de tempo que decorre entre a causa ou estímulo de algo e a evidência externa que é produzida. Em outras palavras, é o período de tempo em que algo está oculto e oculto, ou seja, permanece latente.
Latência da perspectiva da medicina
Se nos colocarmos no contexto das doenças, a maioria delas tem um período de latência. Nesse sentido, deve-se lembrar que muitas doenças são assintomáticas, o que implica que existam no corpo, mas que o indivíduo que as sofre não percebe sintomas evidentes, pois a doença está no período de incubação, ou seja, latência. É o que acontece com algumas infecções (por exemplo, HIV, em que o vírus permanece em repouso por muito tempo).
Latência na perspectiva da psicanálise
Sigmund Freud é o pai da psicanálise e abordou a questão do período de latência em relação ao desenvolvimento evolutivo da sexualidade. Para Freud, o período de latência é a fase intermediária entre dois níveis, especificamente entre a fase do nascimento e o aparecimento do complexo de Édipo e, por outro lado, a puberdade. Entre as duas fases, a sexualidade permanece oculta e, conseqüentemente, é neste período que ocorre a latência. Poderíamos afirmar que nessa fase a sexualidade infantil desacelera, o que segundo a psicanálise ocorre em decorrência da repressão sexual.
Problemas latentes
Na vida cotidiana, afirma-se com certa frequência que um problema está latente, o que implica que existe um desconforto, mas que não é perceptível à primeira vista. Vejamos um exemplo simples: direção prolongada. Se alguém dirige por várias horas continuamente, aparentemente não há problema, mas latentemente o corpo acumula fadiga e isso pode desencadear um acidente de trânsito.
Latência da rede
No campo da computação, o termo latência é aplicado ao tempo que decorre entre um pedido e a resposta específica a ele. Assim, falamos de tempos de latência, que é uma fase de espera, que está relacionada com a memória da programação. Deve-se notar que, se falamos em vírus de computador, eles têm um tempo de latência variável, como acontece com os vírus que causam infecções em organismos vivos.
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