A filosofia é uma disciplina milenar que trata de investigar, para solucionar, as principais questões que invadem o homem, como a existência, a moral, a ética, o conhecimento, a linguagem, entre outras.
É certamente uma área abrangente em termos dos campos de estudo em que intervém e é também influenciada por outras ciências e campos como a política e a religião.
Filosofia que surge no Renascimento e se estende até os últimos anos do século XX e cuja principal característica é a subjetividade que instaura uma mudança na forma de indagar sobre os problemas ou temas centrais da vida e do homem.
o filosofia moderna nasceu no início de Renascimento e Reforma Protestante até os últimos anos do século passado, século XX.
Depois de séculos e séculos de filosofar sobre questões circunscritas ao teológico, um espírito reacionário de protesto surge contra a posição tradicional da filosofia. Na antiguidade, a filosofia antiga partia da realidade objetiva para realizar reflexões filosóficas, então, na Idade Média, a filosofia daquela época havia decidido tomar Deus como centro e referência, ao invés, a chegada da filosofia moderna propõe uma mudança substancial como conseqüência do instalação da subjetividade no centro da cena.
As dúvidas que surgem sobre a possibilidade de um conhecimento objetivo da realidade material ou divina, fazem do problema do conhecimento o ponto de partida da reflexão filosófica.
A filosofia antiga tomou a realidade objetiva como ponto de partida de suas reflexões filosóficas, na Idade Média Deus era a referência e, no caso da filosofia moderna, que nos interessa nesta revisão, a subjetividade é a base desta proposta.
Dúvida, razão, investigação e subjetividade, seus pilares
A dúvida, a investigação e a razão são as grandes estrelas e os pilares sobre os quais se assentará, e é precisamente neles que procuraremos encontrar as certezas para as dúvidas que surgem.
Muitos foram os acontecimentos ocorridos no final da Idade Média, tanto de ordem social, política, cultural e filosófica, que serão os que acabarão por abrir o caminho para a novíssima modernidade.
O desenvolvimento do humanismo, no campo filosófico, somado à revolução científica proposta pelas conclusões de Nicolaus Copernicus com seu teoria heliocêntrica da terra, causou a queda da atual escolástica e o ressurgimento de novos esquemas conceituais totalmente distantes das velhas disputas filosóficas que normalmente eram resolvidas a mando de uma autoridade, platônica ou aristotélica, conforme o caso.
René Descartes, pioneiro da filosofia moderna
Enquanto, Filósofo francês René Descartes é considerado como o "Pai" da filosofia moderna porque seu pensamento o levou diretamente à criação de uma nova ciência matemática, de geometria analítica e também à conclusão de que para evitar o erro não basta apenas ter inteligência, mas aplicá-la de maneira adequada, ou seja, é preciso sim ou sim de um método, porque senão a disposição da inteligência é inútil sem a presença de um método para executá-la.
Descartes foi o promotor e pioneiro do racionalismo, uma doutrina que sustenta que a realidade é racional e que só é compreensível por meio do uso da razão. A razão é a base e o método que ele propõe inclui a matemática, uma ciência exata.
A sua proposta fundamental era a chamada dúvida metódica que implicava pôr à prova todos os saberes existentes para encontrar princípios inequívocos em que se baseariam o saber ou o saber.
Uma frase sua, que passaria à posteridade, sela esse pensamento e método: "Penso, logo existo"
O método cartesiano propôs a todas as ciências decompor problemas complexos em partes mais simples até encontrar seus elementos básicos, que se apresentam à nossa razão de maneira óbvia e, assim, continuar a partir deles reconstruir todo o complexo.
Pois não podemos ignorar a influência do outro grupo que compôs e foi decisivo na filosofia moderna e que acompanhou os racionalistas como Descartes: os empiristas.
Os empiristas sustentavam como princípio fundamental do conhecimento a experiência sensorial que com ela iniciará o conhecimento.
Enquanto isso e no final do século XVIII surge outro grande filósofo, Immanuel Kant que se propôs a tarefa titânica de unir o racionalismo ao empirismo, porém, não alcançou sua pretensiosa aspiração de unidade em sua totalidade porque as disputas entre os dois lados do moderno filosofia eles continuaram.